Mia Couto nasceu em 1955 na cidade da Beira, província de Sofala. Viveu nessa cidade até aos 17 anos, altura em que foi para Lourenço Marques para estudar Medicina. Interrompeu o curso para iniciar uma carreira jornalística que se prolongou até 1985.
Por sua iniciativa regressou à Universidade para estudar Biologia, tendo terminado o curso em 1989. Até à data trabalha como biólogo em Moçambique.
Publicou mais de 30 livros que estão traduzidos e editados em trinta diferentes países. Os seus livros cobrem diversos géneros desde o romance, à poesia, desde os contos ao livro infantil. Recebeu dezenas de prémios na sua carreira, incluindo – por duas vezes – o Prémio Nacional de Literatura, o prémio Camões e o prémio Neustad, considerado o prémio Nobel norte-americano. No ano de 2016 foi finalista de um dos mais prestigiados galardões internacionais, o Man Booker Prize. O seu romance Terra Sonâmbula foi considerado por um júri internacional reunido no Zimbabwe como um dos 10 melhores livros africanos do Século Vinte. É membro da Academia Brasileira de Letras. No ano de 2020, com a trilogia As areias do Imperador, ganhou internacionalmente o prestigiado Prémio de Literatura Jan Michalski. Em Janeiro de 2021, também com a trilogia As areias do Imperador, foi galardoado em França com o Prémio Albert Bernard. Em 2024, com o livro Compêndio para desenterrar nuvens, editado em 2023, ganhou o Grande Prémio de Conto Branquinho da Fonseca, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores. Ainda no mesmo ano, em Setembro de 2024, vence o Prémio FIL de Literatura em Línguas Romances 2024.